Varios pesos e ainda mais medidas

Na ultima publicação escrevi aquilo que achava (sentimento geral de todos os elementos do blog) em relação à saída do Miguel Leal do nosso clube. Fui acutilante e provocador de forma intencional. Pensava também que tinha sido bastante claro mas aceito que me possa ter enganado.
Como tal, e depois de ler alguns comentários a essa mesma publicação, quero só esclarecer e chamar atenção para alguns pontos:

-A publicação teve como tema a saída do Miguel Leal mas seria exatamente igual se o treinador fosse outro. Ao contrario do que foi sugerido não existe nenhuma intenção de defender o ML fora de um contexto que não seja o das suas funções enquanto era treinador do clube. Para simplificar, aquilo que defendi não foi o ML mas antes o trabalho que ele desenvolveu. Aquilo que defendi (e, pelo que vejo, a possibilidade de o vir a fazer outra vez e com outro treinador é grande) foi a continuidade do treinador, por entender que seria o melhor para o clube. E não, não sou amigo dele, simplesmente achei errada e precipitada a sua saída, tal como achei errada e precipitada a saída do Sanchez (de quem também não sou amigo), outro treinador que também mereceu muitas criticas dos adeptos. Essas criticas foram, na minha opinião e de um modo geral, precipitadas, irrealistas e injustificadas ;

- No que escrevi tive o particular cuidado de me referir a uma parte da massa adepta do Boavista e nunca aos boavisteiros em geral. Portanto se algumas pessoas viram o que foi escrito como uma ofensa ou insulto eu compreendo e assumo isso. Não me vou desculpar porque não vejo necessidade de o fazer. Porque somos todos adultos e porque, na verdade, o que está em causa não é o facto de eu ter usado termos como "burros" ou "ignorantes" para classificar alguns boavisteiros que desde a 1a (!!!) jornada pediam a cabeça do treinador e o apontavam (na maior parte dos casos) como o único culpado da  nossa situação. Quer-me parecer a mim que se  utilizasse as mesmas palavras para dar uma opinião que defendesse a mudança de treinador os vossos comentários não mostrariam tanta indignação. Posso estar errado mas, pelo que li, não me parece esse o caso;

- Referi-me ,portanto, a criticas ouvidas no estádio e a comentários escritos nas redes sociais em paginas afetas ao clube. Não reproduzi as palavras das mesmas nem mencionei os nomes de quem as fez. Mais, não sei sequer se alguma dessas criticas foi proferida ou escrita por algumas das mesmas pessoas que comentaram o artigo. Se não foi esse o caso então acho que a vossa indignação (que merece toda a minha compreensão) peca essencialmente por estar mal direcionada. E não consigo também perceber essa sensibilidade nas palavras numas situações contrastada com a falta da mesma em situações opostas;

- Quero esclarecer que o grupo de Facebook onde o artigo foi publicado (BOAVISTA QUARTO GRANDE) não tem absolutamente nenhuma ligação com os elementos que escrevem neste blog. Não estou a dizer que foi isso que foi dito ou sugerido de alguma maneira mas achei importante esclarecer isso para evitar confusões e por respeito a quem administra o referido grupo;

-Em relação a eu ser ou não boavisteiro (curiosamente uma questão que era/é frequentemente colocada como resposta quando os argumentos escasseiam) basta pensar um pouco e chegarão à conclusão que dificilmente alguém iria perder tempo a escrever e a discutir sobre assuntos de um clube que não o seu.
Alias este blog foi, recentemente, criado por um grupo de amigos boavisteiros. Todos eles sócios e com as quotas em dia...;

- Não considero que existam adeptos mais boavisteiros que outros. Critiquei atitudes e não pessoas. Nem vejo onde poderei ter dado a entender que me considerava mais que outros boavisteiros. Nem percebo o argumento de não aceitar criticas ou opiniões diferentes da minha. Meus caros vocês estão a confundir aceitar com concordar. O facto de eu aceitar uma critica ou uma opinião diferente não tem nada a ver com a possibilidade de eu concordar ou não com a mesma. Não concordar leva a discussões saudáveis (algumas mais acesas que outras) em que cada um apresenta os argumentos que considera mais validos. E as palavras mais fortes e (como disseram) insultuosas são acessórias, nunca se sobrepondo à ideia final que se pretende passar.  Não aceitar, por sua vez, tolda o julgamento e impede-nos de formular opiniões estruturadas. Mexe com as pessoas do ponto de vista emocional. Em vez de contrariar argumentos passamos a contrariar a fonte dos mesmos. Agora tirem as vossas ilações;

- Considero bastante pertinente a questão que foi levantada em relação ao facto de não utilizarmos os nossos nomes. Já não concordo tanto com o facto de acharem que uma opinião só e valida se tiver um nome e uma cara a acompanhar a mesma. Não utilizamos os nossos nomes verdadeiros porque foi desta forma que idealizamos o blog. Para alem disso os nosso artigos são, essencialmente, de opinião. Compreendemos que existem opiniões diferentes da nossa e principalmente maneiras muito diferentes da nossa de fazer valer argumentos (ou falta deles). Tomamos a opção de não utilizar os nossos nomes para evitar confusões e preservar o nosso bem estar;

- O artigo não se tratou de um insulto fácil, mas percebo que seja mais cómodo rotulá-lo como tal. Eu podia arriscar e dizer que o tempo dará razão ao que escrevi mas nem preciso. Basta olhar para o passado. Será uma mera coincidência o clube ter vivido a sua melhor fase sendo orientado pelo mesmo treinador (1a passagem do Jaime Pacheco de 97/98 até 02/03) durante 6 épocas seguidas? Foi assim tao descabido o que escrevi? Mais uma vez...não me parece;

Amanha temos um jogo complicadíssimo contra um Benfica que vai querer e precisa de ganhar. Acho que era importante transmitir confiança e tranquilidade ao treinador. Mais tarde falarei sobre ele.

Cumprimentos a todos os boavisteiros

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